CONTEÚDO PATROCINADO
Quando dizem que o Brasil não é para amadores, pode soar como uma brincadeira, mas é a mais pura verdade. O cenário atual de juros elevados, com a perspectiva da taxa Selic se aproximando dos 15%, tem um impacto brutal na economia – especialmente para as pequenas e médias indústrias.
Muitas pessoas não percebem o que isso realmente significa. Para nós, empresários desse setor, representa a necessidade de repensar e, muitas vezes, adiar investimentos fundamentais para a modernização e expansão. E quando esses investimentos são postergados, a engrenagem econômica desacelera, impactando toda a cadeia produtiva.
Explicando de forma prática: quando uma indústria decide ampliar sua produção ou modernizar seu parque fabril, isso envolve a compra de máquinas, veículos, softwares, computadores, móveis, além de obras, contratações e uma série de outras movimentações que impulsionam a economia. Quando esses investimentos não acontecem, empregos deixam de ser gerados, fornecedores não vendem seus insumos, fabricantes não produzem equipamentos, e todo esse ciclo perde força. O efeito dominó afeta não apenas o setor industrial, mas toda a economia, reduzindo o consumo e enfraquecendo a atividade produtiva do país.
Na maioria dos casos, esses investimentos dependem de financiamentos, já que o capital próprio raramente é suficiente para bancar mudanças estruturais. Mas com os juros nas alturas, o custo do dinheiro se torna proibitivo. Além disso, o cenário incerto gera insegurança no empresário, que se questiona: este é o momento certo para investir? O retorno esperado virá no prazo necessário? Será que vale o risco de movimentar essa engrenagem enquanto as condições econômicas seguem adversas?
O problema se agrava quando observamos que, mesmo diante desse cenário desafiador, as pequenas e médias indústrias não conseguem acessar alternativas de crédito com taxas mais acessíveis. O governo até dispõe de linhas de crédito subsidiadas, que deveriam facilitar o investimento e fomentar o crescimento da indústria nacional. No entanto, na prática, o acesso a esses recursos é extremamente difícil, seja por excesso de burocracia, exigências rígidas ou falta de informações claras sobre como obtê-los.
Na próxima coluna, falarei sobre as dificuldades que pequenas e médias indústrias enfrentam para acessar essas linhas de crédito subsidiadas e como essa barreira compromete a competitividade e a inovação no setor. Até lá!