A queda nos índices de roubos registrada no Grande ABC no primeiro bimestre deste ano demonstra os efeitos positivos da atuação policial e dos investimentos em inteligência. No entanto, para que essa tendência se mantenha e alcance outros crimes que ainda preocupam a sociedade, como os estupros, é indispensável a ampliação da estrutura das polícias Civil e Militar. A renovação e o aumento da frota de viaturas são medidas necessárias para garantir maior cobertura, tempos de resposta reduzidos e presença ostensiva nos locais mais vulneráveis. Sem isso, o avanço no combate à criminalidade pode ser comprometido, colocando em risco os ganhos recentes no enfrentamento aos delitos patrimoniais.

O governo paulista precisa reconhecer que o cenário exige reforço contínuo. O déficit de veículos oficiais impacta a capacidade operacional das forças de segurança, limitando rondas, deslocamentos rápidos e a eficácia das investigações. Além disso, a despeito de a queda nas estatísticas trazerem algum alento a uma sociedade cada vez mais amedrontada, a situação ainda precisa melhorar muitíssimo para chegar próximo ao razoável. Daí a necessidade de aumentar a estrutura para garantir agilidade nas ocorrências. Recentemente, o Estado até enviou mais homens para reforçar o efetivo das Polícia Militar na região, mas de que adiantam mais soldados se eles não têm viatura para se deslocar?

Diante desse quadro lamentável, cabe ao governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) priorizar essa demanda e viabilizar o envio de mais viaturas para a região. A Secretaria de Segurança Pública reconhece a importância das rondas ostensivas e das operações integradas, mas essas ações só serão plenamente eficazes se acompanhadas de investimentos em veículos. A população espera respostas para as suas preocupações, e garantir o aparelhamento adequado das forças policiais é passo fundamental para consolidar a redução da violência. O momento exige compromisso com a segurança. Os quase 3 milhões de moradores do Grande ABC aguardam o posicionamento do senhor governador.