Coincidência ou não, quando tratar as doenças que resultam da obesidade está tornando insolventes a saúde pública e privada, enfileiram-se fármacos extraordinários para o emagrecimento, ano após ano.
Mas, desde 2009, a revolução no tratamento farmacológico desta doença paira sobre os injetáveis, principiada com a chegada da Liraglutida (Victoza, Saxenda), passando pela Semaglutida (Ozempic, Wegovy) em 2017 e chegando à Tirzepatida (Mounjaro, Zepbound), já em 2022.
Versões orais desta classe medicamentosa têm sido buscadas incessantemente, mas até então a melhor alternativa encontrada foi para a Semaglutida (Rybelsus), que decepcionou pelo seu tímido poder emagrecedor, além de não promover vantagens quanto aos efeitos colaterais, quando comparado com sua apresentação injetável.
Mas, na última quinta-feira, a farmacêutica Ely Lilly, que já produz a Tirzepatida, apresentou a Orforgliprona, fármaco desenvolvido por esta empresa, com capacidade emagrecedora assemelhado à versão injetável da Semaglutida.
Os resultados positivos anunciados pela farmacêutica são provenientes da Fase 3 (pré-comercialização) do estudo ACHIEVE-1, na avaliação da segurança e eficácia da Orforgliprona em comparação com placebo (sustância inativa) em adultos com excesso de peso, diabetes tipo 2 e controle glicêmico inadequado
O estudo envolveu 559 pessoas, contingente dividido em dois grupos, um recebendo o medicamento e outro, o placebo, diariamente por 40 semanas. Aqueles que receberam a orforgliprona reduziram a hemoglobina glicada entre 1,3 a 1,6% no período, enquanto em 65% os níveis glicêmicos caíram para a faixa normal.
Em importante resultante adicional, verificou-se perda ponderal média de 7.9% entre os participantes que tomaram orforgliprona em sua dose mais alta.
Para este intervalo de tempo o novo remédio alcançou controles glicêmicos semelhantes a Semaglutida e Tirzepatida, e como já supracitado, a mesma eficácia emagrecedora da Semaglutida (injetável).
O que fomenta a grande expectativa quanto a comercialização deste fármaco não é apenas o fato de ser opção aos injetáveis, mas sim, porque a fabricante garante abastecimento imediato tão logo ocorram as aprovações, diante de indícios de que finalmente tenhamos medicamento difusamente acessível quanto a seu custo.
É esperar para ver!
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