Papa Francisco
“Papa ‘do povo’ morre aos 88 anos e deixa legado a solidariedade” (Política, dia 22). Especialista na Idade Média, o historiador francês Jacques Le Goff (1024-2014) é autor de São Francisco de Assis, livro lançado em 1999 e até hoje considerado o mais abrangente estudo biográfico sobre o santo italiano que motivou o cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio a escolher seu nome papal quando ascendeu ao comando da Igreja Católica Apostólica Romana. A leitura da obra, ainda hoje em catálogo pela editora Record, mostra que as reformas que Francisco tentou implementar em seu papado foram todas elas inspiradas no santo, nascido Francesco di Pietro di Bernardone, considerado ecologista (dado seu fascínio pela natureza), anticonsumista (dada sua radical simplicidade) e feminista de primeira hora (haja vista sua relação com Santa Clara e a ordem das clarissas). Francisco vai fazer falta. Que a Igreja encontre um sucessor à altura.
Antônio Ozeiro Tabul
Diadema
PIB regional
‘PIB do Grande ABC cresce 4,9%, mais que os de São Paulo e País’ (Primeira Página, dia 20). A vocação industrial da nossa região é histórica, emblemática. O setor automotivo foi inaugurado com a GM de São Caetano, em 1930. Em 1959, a Volkswagen chegou em São Bernardo. Na sequência, outras grandes empresas se instalaram para atender a cadeia produtiva das montadoras. Hoje nos destacamos também no setor terciário com forte presença na economia brasileira, mão de obra especializada, com excelente logística e infraestrutura. Nossas cidades são destaques, consolidando-nos como referências nacionais.Como protagonistas que somos, precisamos dar ênfase à representatividade, buscando nossos interesses.
Ronaldo Duran
Santo André
Descobrimento do Brasil
Os índios de fala tupi, muito antes do dia 22 de abril de 1500, já haviam sido os verdadeiros descobridores da nossa terra Brasil, que era chamada pelos mesmos de Pindorama e que trazia como significado Terra das Palmeiras. Porém, por uma injustiça histórica, foi creditada a descoberta do País a Pedro Álvares Cabral, que ficou com a glória e o mérito do feito. Muito questionável o título de descobridor do Brasil em Porto Seguro, na Bahia. O mesmo Cabral, como líder de uma expedição composta por 13 embarcações e cerca de 1.200 homens, continua sendo ensinado aos alunos nas escolas como sendo o responsável primeiro do Descobrimento. O Ministério da Educação não pode continuar cúmplice dessa mentira, com esse engodo. Esse manifesto não tem pré-intenção de causar confusão alguma ou defender posição política partidária nenhuma e sim para tentarmos consertar, pela soberana justiça, um erro crônico com o qual o Brasil não merece continuar sendo vitimado.
Cecél Garcia
Santo André
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